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25 de Julho: Um Marco de Luta, Identidade e Resistência das Mulheres Negras

  • Foto do escritor: Jornalista Ândrea Sasse
    Jornalista Ândrea Sasse
  • 25 de jul.
  • 2 min de leitura
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No dia 25 de julho, o mundo celebra a força e a resistência das mulheres negras da América Latina e do Caribe. No Brasil, a data também homenageia Tereza de Benguela, símbolo de liderança e coragem.


O Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, celebrado em 25 de julho, foi instituído em 1992, durante o 1º Encontro de Mulheres Negras Latinas e Caribenhas, realizado na República Dominicana. O evento reuniu representantes de mais de 30 países e teve como objetivo dar visibilidade à luta contra o racismo, o machismo e a desigualdade social enfrentada por essas mulheres.


No Brasil, a data tem ainda mais significado. Em 2014, foi sancionada a Lei nº 12.987, que instituiu oficialmente o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Tereza foi uma importante líder quilombola no século XVIII, no Mato Grosso, que comandou o Quilombo do Quariterê após a morte de seu companheiro, José Piolho. Sob sua liderança, o quilombo resistiu por duas décadas à escravidão, mantendo um sistema próprio de governo, comércio e defesa.



Quem foi Tereza de Benguela?


Pouco ensinada nos livros escolares, Tereza de Benguela foi uma mulher à frente de seu tempo. Após a morte de seu companheiro, ela assumiu o comando do quilombo e organizou uma estrutura política com parlamento e sistema de defesa armado. O povo do Quilombo do Quariterê, composto por negros e indígenas, sobreviveu por cerca de 20 anos sob seu comando, resistindo às investidas da Coroa Portuguesa. Tereza foi capturada e morta em 1770, mas seu legado de resistência ecoa até os dias de hoje.



Por que essa data é tão importante?


O 25 de julho não é apenas uma homenagem: é um chamado à reflexão. Mulheres negras são, historicamente, as mais afetadas pela desigualdade social, pelo desemprego, pela violência e pela falta de representatividade. Segundo dados do IBGE, mulheres negras ganham em média 44% menos do que homens brancos no Brasil. Além disso, são as que mais sofrem com a violência doméstica e obstétrica, e têm menos acesso a cargos de liderança.



Curiosidades que você talvez não sabia:


  • O Brasil é o país com o maior número de pessoas negras fora do continente africano.

  • Mulheres negras representam 28% da população brasileira, mas são minoria nas universidades, nos espaços de poder e na mídia.

  • Em 2020, o nome de Tereza de Benguela foi incluído no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, que está no Panteão da Liberdade, em Brasília.

  • A ativista Angela Davis já declarou: “Quando a mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se movimenta com ela” — frase que se tornou lema de muitos movimentos sociais.



O 25 de julho é uma data para lembrar nomes como Carolina Maria de Jesus, Dandara dos Palmares, Marielle Franco e tantas outras mulheres que marcaram e seguem marcando a história com coragem e luta. Mais do que uma comemoração, é um ato de resistência e valorização da ancestralidade, da cultura e dos direitos das mulheres negras.


Que este dia nos inspire a construir uma sociedade mais justa, igualitária e antirracista — todos os dias do ano.

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