Por que é proibido fotografar e filmar na Capela Sistina? A verdade por trás da restrição!
- Jornalista Ândrea Sasse

- 6 de mai.
- 2 min de leitura

Visitar a Capela Sistina é uma experiência única. Diante dos afrescos de Michelangelo — especialmente o célebre teto e o imponente “Juízo Final” — muitos turistas sentem uma vontade quase incontrolável de registrar o momento com uma foto ou vídeo.
Mas quem já esteve lá sabe: é terminantemente proibido fotografar ou filmar dentro da capela. A pergunta que muitos se fazem é: por quê?

Durante anos, acreditou-se que a proibição existia para proteger as pinturas renascentistas dos flashes das câmeras. E embora a luz intensa possa, de fato, causar danos a obras de arte, essa não é a principal razão para a regra.
A verdadeira explicação está em um acordo firmado entre o Vaticano e uma emissora japonesa, a Nippon Television Network Corporation. Em 1980, quando o Vaticano iniciou um processo de restauração dos afrescos da Capela Sistina — um projeto de altíssimo custo — a Nippon financiou boa parte do trabalho em troca dos direitos exclusivos de filmagem e fotografia durante o período da restauração. Isso criou um precedente que acabou mantendo a restrição por muitos anos, mesmo depois do fim do contrato.
Apesar de hoje esses direitos exclusivos já não estarem mais em vigor, o Vaticano optou por manter a proibição como uma forma de preservar o ambiente espiritual e contemplativo da capela, além de garantir a segurança das obras.
Mas o que acontece com quem desobedece?
Quem for flagrado fotografando ou filmando dentro da Capela Sistina pode ser advertido por seguranças, ter seu dispositivo confiscado temporariamente e até ser convidado a se retirar do local. Em alguns casos, as imagens capturadas podem ser apagadas na hora. A segurança é bastante rigorosa, e há vigilância constante por meio de câmeras e guardas atentos.
A orientação oficial é clara: guarde o celular, desligue a câmera e viva o momento com os próprios olhos. Afinal, há experiências que nenhuma lente é capaz de captar com a mesma intensidade que o olhar humano — e a Capela Sistina é, sem dúvida, uma delas.







