🌿 Povos Originários: Guardiões da Terra e da Memória – Por que o 9 de Agosto é um Dia para Não Esquecer
- Jornalista Ândrea Sasse

- 9 de ago.
- 1 min de leitura

No dia 9 de agosto, o mundo celebra o Dia Internacional dos Povos Originários, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1994. A data busca reforçar a importância de valorizar, respeitar e proteger os direitos, as culturas e os conhecimentos ancestrais desses povos, que há milênios preservam uma relação profunda e sustentável com a natureza.
Segundo dados da ONU, existem atualmente mais de 476 milhões de pessoas indígenas vivendo em cerca de 90 países — representando pouco mais de 6% da população global. Apesar de sua diversidade, há um ponto em comum: todos carregam saberes tradicionais que influenciam desde a medicina natural até práticas agrícolas sustentáveis, fundamentais para a conservação da biodiversidade.
No Brasil, são 305 etnias e 274 línguas indígenas, segundo o IBGE. Muitas dessas comunidades mantêm viva a oralidade como principal forma de transmissão cultural, passando histórias, cantos e rituais de geração em geração. Um exemplo curioso é que várias palavras do nosso vocabulário cotidiano — como “pipoca”, “mingau” e “caju” — têm origem em línguas indígenas, revelando o quanto esses povos estão presentes no dia a dia, mesmo quando não percebemos.
No entanto, o cenário ainda é de desafios: perda de território, ameaças ambientais e desrespeito aos direitos humanos. O 9 de agosto, portanto, é mais do que uma data no calendário — é um convite à reflexão e à ação. Valorizar os povos originários significa proteger a memória e a diversidade cultural do planeta, além de aprender com quem sempre soube que viver em equilíbrio com a Terra não é opção, mas necessidade.







