Prefeitos da AMCG debatem políticas voltadas ao autismo.
- Jornalista Ândrea Sasse
- há 13 horas
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Gestores municipais participaram de uma audiência pública realizada nesta quinta-feira (8), em Ponta Grossa. O encontro reuniu lideranças locais, profissionais da área e representantes da sociedade civil

Prefeitos da Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG) participaram, nesta quinta-feira (8), da Audiência Pública sobre o Autismo, realizada na sede da OAB de Ponta Grossa. O objetivo do encontro foi promover a escuta ativa da comunidade e discutir estratégias para a construção de políticas públicas mais inclusivas para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
A presidente da AMCG e prefeita de Imbaú, Dayane Sovinski, esteve presente no evento, reforçando o compromisso da entidade com pautas ligadas à inclusão e à saúde pública. Também marcaram presença o prefeito de Castro, Dr. Reinaldo Cardoso; a prefeita de Carambeí, Elisangela Pedroso; e o prefeito de Ipiranga, Douglas Modesto.
Durante a audiência, foram abordadas as múltiplas formas de manifestação do autismo, bem como estratégias de apoio. O evento foi conduzido pelo deputado estadual Marcelo Rangel e reuniu representantes da sociedade civil, profissionais da saúde e da educação, além de gestores públicos.
Mobilização
Para a presidente da AMCG, a participação dos prefeitos dos Campos Gerais evidencia a preocupação regional com o tema e o esforço conjunto para implementar ações efetivas que garantam dignidade e inclusão para todas as pessoas com TEA.
"Políticas públicas só são verdadeiramente eficazes quando ouvem quem vive a realidade todos os dias. A participação da comunidade, das famílias e dos profissionais que atuam com o autismo é essencial para construirmos ações mais humanas e inclusivas. Este é um tema que nos sensibiliza muito. É importante que os municípios fortaleçam as redes de apoio, respeitando e incluindo todas as pessoas com TEA”, afirmou Dayane.
A prefeita de Carambeí, Elisangela Pedroso, destacou também a necessidade de capacitação dos profissionais que atuam com pessoas com TEA. “Tenho uma grande preocupação, não só com as crianças, mas também com aqueles que atuam diretamente com esse público. O profissional capacitado tem a possibilidade de fazer um pré-diagnóstico e um encaminhamento correto. Os órgãos públicos, as empresas, as escolas e os CMEIs precisam estar preparados para realizar essa inclusão. Isso exige investimento, que precisa se estender a mais municípios”, reforçou.
Apoio e compromisso
O prefeito de Ipiranga, Douglas Modesto, também falou sobre a importância da audiência pública. “O autismo é, atualmente, uma questão pública, que não fica mais restrita às famílias. É uma pauta que se tornou responsabilidade de toda a sociedade, seja na saúde, na assistência social ou na educação. É preciso destinar cada vez mais recursos para oferecer um acompanhamento prioritário às crianças e jovens. Nosso papel, enquanto representantes, é buscar alternativas para garantir esse suporte”, afirmou.
De acordo com o prefeito de Castro, Dr. Reinaldo Cardoso, todas as prefeituras devem estar atentas a essa temática. “Na nossa cidade, a média de crianças diagnosticadas com TEA nas escolas praticamente dobrou em relação ao ano anterior. É fundamental que comecemos a criar, no serviço público, as condições adequadas para o acompanhamento desses transtornos, para que essas crianças — e também os adultos — possam ter uma vida digna. Em Castro, já estamos atuando nesse sentido”, destacou.