“Quando o luxo entra na pele: o rapper que trocou os cabelos por correntes de ouro”
- Jornalista Ândrea Sasse

- 16 de out.
- 2 min de leitura

Em abril de 2021, o mundo da música urbana viu surgir uma das mais estranhas e ousadas intervenções estéticas até então conhecidas: o mexicano Dan Sur resolveu substituir seu cabelo natural por correntes de ouro penduradas em ganchos cirurgicamente fixados em seu couro cabeludo.
Três anos depois, o “cabelo dourado” segue sendo motivo de fascínio, crítica e alerta médico.
Este é um mergulho no caso: como tudo começou, como ele está agora, e o que podemos aprender desse extremo de expressão visual.
Como foi na época

Dan Sur, com 23 anos, apresentou nas redes sociais seu novo visual: correntes de ouro e de brilhantes implantadas no couro cabeludo.
O procedimento envolveu fixar ganchos no crânio, sob a pele, nos quais as correntes foram penduradas.
Ele justificou o feito como um desejo de “fazer algo diferente”, pois via muitas pessoas apenas tingindo os cabelos, queriam expressar-se além disso e originalidade era seu objetivo.
Após o incidente estético, sua visibilidade nas redes cresceu bastante. O TikTok foi a principal plataforma onde exibiu o visual e interagiu com reações diversas.
Como está atualmente?
Em publicações recentes, Dan Sur continua ativo nas redes, exibindo seu visual e reagindo às críticas.
Não há registros confiáveis de que ele tenha retirado os implantes até agora; pelo menos, não houve anúncio público relevante de que o procedimento foi revertido.
Também não há notícias consistentes sobre complicações sérias à saúde. Especialistas, entretanto, alertaram para riscos potenciais: infecções, perda de cabelo ao redor dos implantes, danos nos folículos capilares, cicatrizes, ou mesmo a possibilidade de alguma parte do procedimento comprometer o osso ou a pele do couro cabeludo.
Riscos, reações e implicações médicas
Médicos colocam fortes advertências para esse tipo de modificação corporal. Um especialista em plástica disse que implantar objetos metálicos no couro cabeludo pode abrir um trajeto para bactérias entrarem em partes internas próximas ao crânio.
Outro alerta é quanto ao peso das correntes/penduricalhos: puxões ou movimentos bruscos poderiam deslocar os ganchos, causar desconforto, até romper pele ou tecido.
Dermatologistas mencionam que há risco de inflamação crônica, cicatrizes, e perda permanente de folículos capilares.
Curiosidades
Dan Sur chegou a usar métodos inusitados para provar à sua audiência que as correntes são de ouro de fato. Por exemplo, mergulhando-as em água para mostrar que não oxidam ou reagem como metais “comuns” poderiam reagir.
Ele afirmou que é “o primeiro rapper na história da humanidade a ter cabelo de ouro implantado”.
Inspirado também pelo clima de moda extrema entre alguns artistas: há menções de que ele observou tendências de modificação corporal (como Lil Uzi Vert com diamantes implantados na testa) e quis ultrapassar limites da estética tradicional.
Este caso nos força a pensar sobre até onde vai a liberdade estética, a expressão individual e os limites que a sociedade, os profissionais de saúde e a ética pessoal impõem. Há beleza em inovar — mas há custos reais, físicos e psicológicos. Será que vale implantar ouro em sua cabeça para ser único (ou notado)? E que tipo de acompanhamento médico esse tipo de escolha exige? Dan Sur abriu uma porta curiosa nesse debate: entre arte corporal, fama instantânea e possíveis consequências a longo prazo.
Imagens retiradas de redes sociais e internet, podem ter direitos autorais.







